quarta-feira, 19 de agosto de 2015

#15

Adoro a Nazaré. É um dos meus sítios preferidos do país. Tem praia, é um sítio pequeno mas tem coisas suficientes para me fazer feliz durante uma semana. Só é pena as pessoas não serem muito simpáticas em geral. Não são antipáticas, mas também não fazem um esforço por serem agradáveis. Digamos que não morro de amores pelos locais, pelo que vi até agora. Observei um fenómeno muito engraçado cada vez que pedia factura com número de contribuinte. A cada restaurante que ia parecia ser ainda mais difícil do que no anterior. Para ser sincera, não houve nenhuma factura que pedisse que fosse tão fácil como por exemplo chegarmos à caixa do Continente e darmos o nosso número de contribuinte. Em alguns era preciso escrever num papel. Nada de especial aqui, mas é notório que não estão habituados ao procedimemto. Noutros era preciso ir chamar o gerente para ele nos dar a factura. Noutro ainda o senhor disse, com ar pouco simpático, 'se quer factura, leva factura'. Leva factura e praticamente um pau nas costas também. Noutro deram-me uma factura em papel, coisa que não via há anos. E o pior de todos foi quando um senhor me disse 'se quer factura tem de esperar'. Vira costas, passado um bocado vem o dono, suponho, pede-me para escrever o número num papel com ar de quem tem vontade de me atirar a leões esfomeados, tira a factura e atira-a para o balcão sem sequer dizer nada ou olhar para mim e vira costas. Quer-me parecer que grande parte dos estabelecimentos de restauração da Nazaré andam a fugir aos impostos, senhores inspectores da Autoridade Tributária.

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