segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

#372

Estive muito tempo a pensar se fazia um post sobre o Leonardo DiCaprio e os Oscares. Todas as piadas sobre esse assunto já foram feitas. Eu não gosto especialmente dele, preferia que não tivesse ganho para continuar a sofrer. Mas também não é nada que me afecte, não me traz tristeza ou felicidade. Nem sequer vi o filme dele, não sei se merecia ou não (anyway, para mim, não mereceria nunca). Aliás, nem vi nenhum dos filmes vencedores, excepto o Mad Max que ganhou naquelas categorias que ninguém quer saber. Agora vou só ver os vestidos e está feito. Voltem sempre.

#371



#370

Tenho vindo a descobrir que há imensas pessoas que têm nogócios online paralelos à sua actividade principal. Lojas de roupa, de acessórios, de artesanato. Também quero ter um negócio online e ser rica! Preciso de uma ideia vencedora.

#369

É tão difícil cancelar newsletters. Se algumas funcionam logo à primeira e nunca mais nos contactam de facto, outras é preciso ir ao link e praticamente fazer um desenho para perceberem que queremos mesmo cancelar. Outros emails nem sequer trazem link directo para cancelar, temos de entrar nos sites, fazer login, etc, procedimentos morosos para as pessoas desistirem a meio, portanto. Outras não trazem nada, ficamos simplesmente condenados a recebê-las para sempre.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

#368

Falando em sushi, aqui há uns tempos encomendamos o buffet empresarial da 'Sushi em tua casa?'. Queria só dizer que o peixe quase não estava lá. Vi muito ananás e algas secas, mas peixe muito pouco. Rolinhos minúsculos, e pouca comida, caro demais para a quantidade e qualidade. A não repetir. Muito fraquinho.

#367

Quando vou aos buffets de sushi sinto-me o Homer Simpson. Comer, comer e comer. Ontem o senhor que estava a servir às mesas perguntou 'já está?' quando lhe pareceu que eu tinha acabado, depois de eu ter ido encher o prato umas 7 vezes. Não percebi bem se estava a ser simpático e só queria levantar a mesa ou se estava a gozar comigo.

#366

Estava a almoçar e no restaurante estava a dar o Jornal da Uma. Desde quando é que apresentam o telejornal de pé? Os pivots já não estão sentados naquelas mesas na redacção enquanto acontecem coisas engraçadas atrás deles?

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

#365

Áustria defende que Portugal receba refugiados diretamente da Grécia
Depois de António Costa se ter oferecido para aliviar a pressão migratória em alguns países, Viena responde que será melhor Portugal trabalhar diretamente com os centros de registo.


'Deixem-me ser vosso amigo. Olhem, olhem, eu posso ajudar-vos. Eu ajudo-vos e vocês deixam-me ser vosso amigo'. António Costa aos saltinhos a querer jantar na mesa dos adultos e os adultos a ignorarem-no e remetê-lo para a sua insignificância. De rir.

#364


Uma pessoa sente o universo a funcionar quando está horas numa fila de trânsito, a andar 2 metros de cada vez, mas quando chega ao local do acidente estão lá 3+ carros, com danos consideráveis. No fundo, desperdiçamos ali tempo infinito mas sentimos que é justificado.
Agora quando estamos em filas intermináveis e depois vemos só dois carros, sem nada estragado, e que ficam ali para sempre a atrasar a vida das outras pessoas, aí espero que cheguem ao trabalho e levem um ralhão do chefe e ainda lhes dê um acesso de cocó agudo. Se bateram e não foi nada, têm mais é que se mexer e sair do meio da rua para desimpedir o trânsito rapidamente.

#363

Ontem fui ao multibanco fazer operações. Ia fazer uma transferência e levantar dinheiro. Mal comecei a teclar o código, apareceu um senhor atrás de mim. Fiz a transferência, mas no último ecrã apercebi-me que me enganara no valor e já não dava para corrigir, por isso anulei. Como pessoa razoável que sou, e visto que iria ainda fazer as duas operações, perguntei ao senhor 'é rápido?´ ao que ele respondeu 'acho que sim, é só para carregar o telemóvel' e eu deixei-o passar, para ele não estar ali à minha espera e eu até tinha tempo. O senhor carrega o telemóvel e a seguir diz-me que vai só ver o saldo do cartão. Foda-se, as pessoas abusam mesmo da boa fé dos outros! Aquele 'acho que sim' devia ter-me posto logo em alerta. Ou é rápido ou não é, não se acha que sim. E sendo um senhor de meia idade também devia ter calculado que ia ver o saldo ou tirar uma consulta de movimentos a seguir, fazem sempre isso.
E pronto, estragou-me para sempre. Agora nunca mais deixo ninguém passar à minha frente, nem que tenha as contas todas para pagar ainda.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

#362

Que bom que é ser funcionário público de novo, não é?

#361

Apesar do tom aparentemente jocoso, estou a falar a sério: será que existe algum grupo de apoio para as pessoas viciadas em compras em Portugal? Tenho a certeza que isso existe nos Estados Unidos, mas aqui neste país pobre e subdesenvolvido não deve existir. Pergunto isto porque eu acho que gostaria de participar em algumas sessões.
Como a maioria das mulheres, eu também vejo coisas nas lojas e quero comprar. E em muitos casos é justificado. Compro umas botas porque só tenho 1 par, ou compro umas calças de ganga porque um par que tenho está a ficar velho e precisa de reforma. E vivo bem com isso.
Mas acho que cheguei a um ponto em que às vezes só compro mesmo por comprar e/ou porque gosto muito e não consigo resistir.
Na maioria dos fins de semana, quando estou aborrecida em casa, tenho de ir à Primark comprar uma porcaria qualquer de 2 ou 3 euros para me animar. Porcaria mesmo, nunca é nada que eu precise. Vou lá e escolho qualquer coisa para ficar contente, como uma criança com um rebuçado.
Antes era viciada em cremes e em casacos. Comprava sempre. Mas consegui curar-me. Agora só tenho os cremes que preciso e eventualmente mais um de cada, igual, em stock, para quando os que estão a ser usados acabarem. Os casacos já ocupam todo um armário pequeno e já tenho basicamente tudo o que queria. Mesmo que quisesse mais, não teria onde os pôr, por isso consegui parar com isso. E quando os comprava não me sentia culpada, porque comprava sempre algo de outro género do que o que tinha.
Agora, eu que nunca fui viciada em sapatos, estou a obcecar com isso. Esta estação comprei já 3 pares de botas, 1 par de sapatos e 2 pares de sapatilhas. E se realmente eu precisava de botas porque só tinha um par, sapatilhas não me fazem falta, tenho imensas. Sapatos também tenho suficientes.
Outra coisa que tenho comprado é carteiras, quando a secção de carteiras do meu armário já há muito está lotada. Tento enganar-me a mim própria e dizer que agora estou a investir em carteiras melhores, que me vão durar uma vida, mas quer dizer, as que eu tenho já me iriam durar uma vida, de tantas. Não viverei provavelmente tantos anos quantos os necessários para usar as carteiras que tenho até serem velhas e parecer mal andar com elas.
E sinto-me culpada por isto, coisa que nunca aconteceu antes. Também já comecei a usar aquela regra de sempre que compro algo novo, dou alguma coisa que tenha lá em casa. Mas isso não me demove. Aliás, até me dá jeito, poque assim liberto espaço com coisas que não uso e posso comprar mais coisas novas.
Ontem cheguei a casa com umas sapatilhas e uma carteira novas e, com os remorsos, mandei um email para me inscrever no próximo Flea Market, para ao menos me livrar de alguma da tralha que tenho em casa.
Se eu ainda fosse como as bloggers que mostram looks no blog e depois as marcas dão-lhes coisas, valia a pena. No entanto, o meu estilo casual/descontraído/não-quero-saber não me permite rentabilizar sequer as compras que faço. Vou estudar a possibilidade de pôr aqui fotos com visuais do dia-a-dia e ver se as minhas 20 visitas diárias são apelativas para as marcas me oferecerem parcerias. De certeza que nem toda a gente aprecia o estilo trendy. Sabe-se lá se não lanço uma nova tendência até.
Estou também a estudar algumas soluções para me conter.
Primeiro, e a mais importante, não ir a lojas. Evitar. O que os olhos não vêem, o coração não sente.
Depois vou cancelar a minha subscrição de todas as lojas que me mandam publicidade, descontos, promoções, etc. É melhor não saber de nada.
E estou também a pensar deixar o cartão em casa. Essa hipótese não me agrada muito, porque eu julgo sempre que pode acontecer um imprevisto e posso precisar de dinheiro. Mas por exemplo, andar sempre com uma nota de 50 euros na carteira, para uma eventualidade, mas tentar nunca a trocar. Estar só lá por estar. E depois trazer o dinheiro contado para o almoço ou trazer só o cartão da alimentação que só dá para comer.
E não ir aos sites das lojas quando estou aborrecida. Muito importante também. Se estiver aborrecida em casa, ler um livro. Ultimamente tenho visto imensa coisa online e como tenho dinheiro no paypal, compro logo. Outra medida: não carregar o paypal quando o dinheiro acabar.
Sinto-me uma criminosa. Se calhar nem era para tanto, por uns pares de sapatos e umas carteiras. E umas velas e uns cachecóis. E uns aquecedores de orelhas e umas almofadas. E umas capas de telemóvel e uns cds. Ok, acho que tenho um problema.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

#360


Depiois de ler uma notícia sobre poupanças em bancos e de ter visto nos sites online dos bancos que realmente as taxas de juro hoje em dia são uma miséria, a pergunta que se impõe é: o que fazer ao dinheiro?
Deixá-lo num banco, num depósito a prazo com rendimento próximo do zero é arriscado. Para além de não termos praticamente rendimento nenhum, nunca se sabe que banco vai falir a seguir e pode perfeitamente ser o nosso e ficarmos sem o nosso dinheiro que tanto nos custou a juntar.
Mantê-lo em casa também é muito arriscado. O lucro é zero e ainda há o risco muito grande de nos assaltarem a casa e levarem tudo.
Depois há, ou havia, outros tipos de investimento, tipo o mercado imobiliário e barras de ouro, mas isso é para quem tem muito dinheiro, não para pobres como eu.
Quem tem poupanças de valor mais baixo que não dão para fazer grandes investimentos, hoje em diapõe o dinheiro onde? Já nem falo tanto da rentabilidade, mas do risco de perdermos tudo por causa falências inesperadas ou golpes de idiotas ricos e poderosos que depois saem impunes.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

#359


#358

Noutro dia passou por mim um camião do lixo com publicidade a uma feira de artesanato. Será que nos estão a enviar alguma mensagem subliminar? Just saying.

#357

Acho que finalmente fez-se luz no meu cérebro e percebi porque nunca podemos gostar sem reservas do nosso chefe, por mais boa pessoa que seja.
O que acvntece é que os chefes são chefes mas antes disso são pessoas. E como pessoas, têm defeitos. E sendo chefes, têm mais potencialidade de maximixar esses defeitos, que eventualmente não se notam tanto nas outras pessoas que são só nossas colegas. Por exemplo, se um colega nosso é resmungão, ele pode resmungar mas ninguém o leva muito em conta. O nosso chefe, sendo resmungão, tem poder para levar a resmungice mais longe e chatear mais as pessoas. Ou seja, por mais fixe que um chefe seja, vai ser ter defeitos e estes vão ser exacerbados pelo facto de ser chefe. Só poderá será um bom chefe se a sua gestão for realmente má.
Isso lembra-me um exemplo que uma colega minha me deu de uma empresa onde trabalhou. Era uma empresa muito conhecida danossa praça e que teve um grande crescimetno e ela disse que adorava trabalhar lá. E que a empresa era espectacular precisamente porque era mal gerida e era tudo à grande. Instalações modernas, condiações espectaculares, tinham comida à disposição, tinham tudo. Claro está que a empresa entretanto despediu grande parte dos seus trabalhadores e está agora muito perto da falência.
Com os chefes é igual. Se forem demasiado fixes, é porque estão a ser demasiado bonzinhos e eventualmente isso vai acabar mal, ou para os funcionários ou para eles.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

#356

Sempre que há notícias destas como as duas crianças que se perderam no mar, e há buscas para as recuperar, de alguma forma o meu cérebro não processa a parte da morte. Também é verdade que não mencionam isso nas notícias, mas está subentendido. Mas eu leio notícias como 'prosseguem as buscas para encontrar pescador' e afins e, sem pensar, julgo sempre que o vão encontrar vivo. É óbvio que isso, não sendo impossível, é altamente improvável. Também é verdade que as notícias não falam de morte, falam de pessoas desaparecidas. E eu por momentos acho que ainda vão encontrar as pessoas. Só quando penso a sério no assunto é que me apercebo de que já morreram, só estão à espera de encontar o corpo para o anunciar.

#355

Sempre que recorro ao helpdesk e me fazem assitência remota, fico sempre com a sensação de que está magia a acontecer. O rato a mexer-se sozinho, os programas a abrirem... É mágico mesmo.

#354


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

#353

http://www.noticiasaominuto.com/lifestyle/538052/faca-o-que-fizer-hoje-nao-va-ao-ikea?


Um psicólogo especialista em relações diz que os casais discutem sempre que vão ao IKEA e quando estão a montar os móveis.
Eu, sem ser psicóloga, adianto já que o mesmo acontece na altura das limpezas. Se é para limpar, vai haver discussão na certa. E a fazer a cama de lavado.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

#352

Qual é o limite da doença para decidirmos que não podemos continuar a trabalhar e que temos de ir para casa? Como sei quando posso ficar em casa sem sentimento de culpa?

#351

Adoro o cheiro dos gatinhos. Às vezes pego no meu gato, encosto o nariz ao pêlo dele e inalo profundamente. Dito assim, isto parece um bocado freak. Não é, é só cheiro a gatinho.

#350

Odeio telemóveis. Odeio telemóveis. Odeio telemóveis.

#349

Segunda dúvida da semana, mas ainda assim muito pertinente: os Clio/Mégane são os novos Ibiza/Leon? Tenho visto por aí bastantes azeiteiros/gunas/potenciais-pilotos-apenas-na-cabeça-deles com estes carros ultimamente.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

#348

Eu percebo que os médicos não gostem de utentes armados em espertos e que sabem mais do que eles. Eles é que tiraram o curso de medicina afinal. E no fundo eles é que ganham (rios de) dinheiro para estarem lá a aconselharem-nos, por isso têm mais é que fazer o seu trabalho. Mas se eu peço a um médico para não me receitar um medicamento que eu já usei algumas vezes e que sei que não vai funcionar em mim, acho que me devia ouvir. Ele tem experiência como médico, eu tenho como utilizadora daquele medicamento no passado. E sei que não funciona e é só estar a adiar o problema e pagar mais uma consulta quando me estiver a sentir mal de novo porque este antiobiótico que me receitou não fez efeito. Custa muito receitar-me outro? Outro qualquer, não vou especificar, um qualquer sem ser o que me deu.

#347

Facturas facturas facturas. Não se esqueçam, é hoje o último dia. Nada de terem pena desses comerciantes que não submeteram a factura para ficarem com o dinheirinho. Eu já tinha tudo pronto mas lembrei-me de uma coisa que afinal ainda falta e tenho de ir ao site ver hoje. Mas tenho a sensação de que vão estar milhares de pessoas a tentar aceder ao site e vai bloquear tudo.


Update: afinal já não está a ser possível validar as facturas. Estão a tentar resolver o problema mas mesmo que não resolvam o prazo mantém-se hoje. There.

#346

Dúvida da semana: o que é feito dos metaleiros dos anos 90?

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

#345


Estive a pensar na quantidade de professores que conheço e é realmente grande.
Visto que o meu curso se trifurcava a certa altura e uma das opções era seguir o ramo educacional, naturalmente que muitas das pessoas que conheço da faculdade sejam professores. Mas mesmo que eu exclua todas as pessoas da faculdade, ainda assim conheço muitos professores.
Em nenhuma outra profissão vejo tanta gente como na dos professores. Conheço 4 enfermeiros, 5 ou 6 que trabalham na área da contabilidade, 1 bancário, 2 pessoas de RH, 3 ou 4 engenheiros, 1 gestor de ecommerce, 2 ou 3 pessoas que trabalham em lojas, etc. Agora professores conheço montes. Professores de tudo. Educação física, inglês, educação visual, informática, matemática.
É claro que tem de haver mais desemprego, se toda a gente quer ser professor e não se distribui pelas outras profissões. E grande parte dos professores que conheço estão também em situação precária, a dar aulas 4h ou 5h por semana, ou em centros de estudos e coisas assim.
O que me leva a perguntar por que tanta gente quer enveredar por essa profissão e, pior, por que querem continuar nessa profissão mesmo nessas condições miseráveis. Assim de repente, não me lembro de um única dessas pessoas que diga bem do que faz.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

#344


Para fechar esta série da gestão típica portuguesa, vou terminar com um caso muito específico, e isto penso e espero que não aconteça em muitos sítios, mas como pude comprovar pelos testemunhos ainda acontece. As pessoas no final do dia têm de ir pedir licença ao Sr. Engenheiro para irem embora. Se ele estiver ocupado, têm de esperar até ele terminar e só depois podem ir. E isto pode acontecer às 19h, às 20h, às 21h... quando lhe apetecer basicamente.

#343

Gosto de ver as mulheres a chorarem nos filmes e imagino que devia ser mesmo assim. Derramam as suas lágrimas mas ficam impecáveis. Não ficam com o nariz vermelho, não ficam com olhos vermelhos e inchados, a maquilhagem nunca esborrata. Na vida real é tudo muito menos glamouroso.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

#342

Em certos momentos, pergunto-me por que não tenho animais normais. Há dias em que desespero. Antes, quando morava em casa dos meus pais, tinha uma gatinha que eu adorava. Super fofa, meiga e amiguinha, não estragava nada. Entretanto morreu de velhinha e a casa toda ficou de luto mais de uma semana.
Tinha também uma cadela muito querida e que se portava muito bem. Só não tolera muito bem pessoas de fora, mas é apenas até se habituar. Ela ainda mora com os meus pais.
Os animais da minha casa são todos freaks.
A minha cadela é tola. O passatempo preferido dela é lamber humanos para sempre, não se cansa nunca. Também se atira às pessoas com toda a força que tem, e, dado que ela não é nada pequena, é um bocado chato, porque muitas vezes magoa as pessoas, e por mais que leve não perde este vício.
Já estragou dezenas de tapetes, de sapatos, de roupa que apanhava da corda ou que tirava da roupa que saía da máquina de lavar; está um pouco melhor agora, mas também estamos mais cuidadosos. Gosta também de ferrar as pessoas assim com os dentinhos da frente só, na brincadeira, mas quando apanha carne também magoa. Para além disso, é burra (ou muito teimosa, é uma possibilidade). Não aprende nada, nem que lhe ensinemos nem que ela própria perceba. Há dois anos que a temos e ainda não sabe abrir portas com as patas.
A minha gata é praticamente uma gata de rua silvestre. Quando a recolhemos e vinha no carro era super querida, mas mal chegou a casa tansformou-se. Acho que foi por termos um gato em casa. Ela provavelmente seria feliz como gata única. Não lhe podemos tocar, arranha-nos e ferra-nos se lhe tentarmos fazer festas, mas mesmo para magoar, ela não brinca. Eventualmente pode ter sido mal tratada quando estava na rua por alguém. Gosta de vir para o nosso colo ou dormir perto/em cima de nós mas apenas quando lhe apetece e não lhe podemos tocar na mesma, é só para usufruir do nosso calor. Já atacou a minha mãe gravemente 3 vezes. Mas como tudo se paga, está agora com uma depressão e falta-lhe cerca de 50% do pêlo, que ela arrancou. Está a ficar um pouco melhor com o tempo, mas em 4 anos pensei que a evolução fosse maior. Podia tê-la devolvido quando percebi que ela era assim, mas senti que ela já era minha responsabilidade desde que chegou a minha casa, para o bem ou para o mal. As pessoas também não devolvem os filhos, não é? Até porque sendo ela assim, acredito que niguém quisesse ficar com ela e teria sido devolvida à rua, entregue no canil ou ia viver a vida toda numa jaula numa associação que a acolhesse.
O meu gato é o animal mais próximo do normal que temos. É um gatinho fofinho, gosta de mimos e colo e dormir connosco, é sociável com as pessoas de fora, mas não gosta da minha gata. Não sei bem se não gosta ou se é só invejoso, mas está constantemente a atacá-la. Atacar a sério, com os dois a rebolarem pelo chão com miares de dor. Sinto que é mais forte do que ele. Ele olha para ela e não se consegue controlar. Para além disso, também não nos deixa cortar-lhe as unhas, dar-lhe banho ou mexer nas patas de trás ou barriga. Mas pronto, isto eu compreendo, muitos gatos não gostam.
Como dizia, há dias em que estou no meio desta loucura, com a Maia a saltar em cima de nós feita tola e a Mimi e o Marco pegados à porrada, e apetece-me chorar de desespero. Por que não posso ter animais normais? Ou pelo menos um, só um normal. Ou dois. Tinham de ser os três tolos. Mas são momentos que passam rápido. São eles que enchem a casa de alegria e adoro-os imensamente, mesmo na sua tolice, e não os trocava por outros.

#341


O Sr. Engenheiro gosta de tratar os funcionários abaixo de cão, às vezes gritando mesmo com eles, e não se coíbe de o fazer em frente aos colegas, julgando desta forma que está a mostrar o seu poder. No entanto, está apenas a mostrar que é um idiota sem sensibilidade.

#340

A nomeação do Trump para Nobel da Paz, se realmente é como dizem os jornais e qualquer pessoa pode fazer uma nomeação e não tem de ser aprovada pelo Instituto Nobel, faz-me lembrar os prémios atribuídos numa empresa onde trabalhei. Primeiro, as pessoas eram nomeadas pelas equipas onde trabalhavam ou pelos seus superiores, pelo seu mérito e dedicação, tudo ok aqui. Depois começaram a chegar pessoas novas à empresa que se nomeavam umas às outras só porque era fixe e recebiam algum dinheiro extra e, no fundo, porque podiam, ninguém punha qualquer objecção, e deixou de ter qualquer mérito.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

#339


#338

Há imensa oferta de medicamentos para a falta de memória. Para quando comprimidos para nos fazerem esquecer? Tive um fim de semana tão mau que comprava duas ou três caixas.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

#337

Ontem ligou-me o gestor de conta do meu banco e tratou-me por Doutora Maat. Que engraçado que é os bancos ainda viverem no séc. XX nesta altura.

#336


Coitados dos asiáticos, sempre obrigados a prescindirem da sua identidade e a terem de adoptar um nome americano para facilidade dos ocidentais.
É como se eu me chamasse Maria e na empresa me chamassem Mary e me sem um email com Mary porque os americanos têm dificuldade em dizer Maria.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

#335


As pessoas têm de pedir licença ao seu chefe, não necessariamente o Sr. Engenheiro, para irem fumar um cigarro, para irem fazer uma pausa ou comer qualquer coisa. E só podem demorar 15 minutos, nem mais um.

#334

Finalmente as empresas estão a começar a perceber que a fila única para pagar nas caixas é muito melhor. É mais justa para os clientes e mais rápida. E evita aquelas confusões de passarem os clientes para outra caixa quando uma fecha e irem todos a correr para ver quem chega antes.
A fila única existia já nas estações de serviço, mas depois veio a Primark e lançou a moda. O Continente de Matosinhos já tem uma fila única, com várias caixas, e agora também a FNAC aderiu à moda. Way to go!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

#333

Há sempre mais alguém da família do Sr. Engenheiro a trabalhar na empresa. A mulher, um dos filhos, um irmão. Nem que essas pessoas não tenham competência alguma para a posição que ocupam. E depois todos os funcionários da empresa se sentem constrangidos a trabalhar com essas pessoas, porque são da família do Sr. Engenheiro e vão fazer queixinhas.

#332

Os funcionários públicos devem estar todos contentinhos. Deviam andar extenuados, com as 40 horas semanais de trabalho, coitados. Claro que continuavam a fazer as suas pausas para cafés e lanches e a trabalhar ao seu ritmo naturalmente lento, mas só a obrigação de estarem no local de trabalho mais uma hora por dia devia ser uma grande pressão psicológica.
Graças a Deus apareceu este governo de salvação para libertar todos esses seres humanos da escravatura a que foram sujeitos nos últimos anos. Esperemos que esses se lembrem agora também de todos os outros escravos do privado que continuam a trabalhar essas 40 horas, mais até, muitas das vezes. Alguém devia fazer uma queixa no Tribunal Europeu dos Direito Humanos para denunciar esta situação de escravatura.

#331


Moro numa rua de duas faixas. Duas faixas onde passam bem dois carros, mas sem sobrar muito espaço. A minha garagem tem rampa, logo é proibido estacionar em frente. No entanto, os condutores não se coibem de estacionar do outro lado da rua que, não sendo de facto proibido, dificulta bastante a saída da garagem, tendo eu de fazer aí mais 5 manobras do que o necessário e sempre com muito cuidado para não bater em nada.
Ora todos os dias de manhã, algum filho da puta há-de estacionar o carro mesmo em frente à minha garagem. Não o mesmo filho da puta, mas filhos da puta diferentes. Tem lá um café e uma papelaria e as pessoas estacionam livremente par se deslocarem a estes serviços.
Todos os dias me apetece ir buscar o meu taco e partir-lhes o carro todo. Mas isso era chato, eu teria de pagar o prejuízo depois. Provavelmente a solução encontrada será bater-lhe directamente com o meu carro, ao sair da garagem, porque assim o seguro paga. Tenho apenas de seleccionar bem o ângulo para minimizar os estragos no meu carro, que terão de ser pagos por mim, e naturalmente conseguir partir o mais possível o outro carrro. Estragar a porta para nem sequer abrir e terem de entrar pelo outro lado seria bom, por exemplo. Tenho de estudar bem. Eu sei que o seguro paga e arranja-lhes o carro todo e acaba por não fazer diferença para as pessoas, mas é sempre inconveniente. Têm de ir levar o carro à peritagem, trazer, esperar que o seguro dê ordem de reparação, levar para reparar, eventualmente ficar sem carro num destes dias porque não há carros de serviços para emprestar. Até podem preciar de ir a um sítio importante e terem de adiar para levar o carro para arranjar. Esse tipo de transtorno. Pode ser que depois pensem duas vezes antes de parar novamente o carro em frente à minha garagem, pode ser que parem antes 10 metros à frente.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

#330

Cada vez é mais difícil arranjar companhia para ir beber copos. E não estou a falar de ir beber copos para uma disco e sairmos de lá bêbedos às 7h da manhã. Estou a falar de ir beber um simples copo depois do trabalho.
Se estão perto dos 35 anos, devem saber como é cada vez mais complicado arranjar quem alinhe nestes planos. Mais de metade das pessoas já tem filhos por isso é impensável saírem a um dia de semana para ir beber copos e deixar os filhos sabe-se lá onde. Os poucos que não têm filhos mudaram-se para outras cidades e não podem ir tomar copos comigo depois do trabalho. Os que restam têm empregos deprimentes em que trabalham todos os dias até às 20h ou 21h. Sobra ninguém.

#329

No final do ano, o Sr. Engenheiro diz na reunião de resultados que o ano correu muito bem na empresa. No entanto, os aumentos vão ser muito reduzidos porque o ano que aí vem ainda é muito incerto e não podem andar a dar dinheiro à toa. Mas claro que leva para casa um bónus chorudo para si.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

#328

O Sr. Engenheiro, e até alguns directores ou gestores de departamentos, têm sempre carro da empresa, ainda que nunca vão a reuniões fora da empresa e a única deslocação que façam é de casa para o trabalho. Estes carros são sempre das marcas Audi ou BMW.

#327

Não sei se já falei aqui de unhas de gel, mas vou aproveitar para falar de novo, porque nunca é demais tentarmos enxovalhar essa moda para que as pessoas desistam de usar isso. Unhas de gel já é mau. Unhas de gel gigantes é pior. Unhas de gel gigantes e com desenhos é terrível. O que passa pela cabeça das pessoas para usarem isso? E não venham com a conversa do gelinho ou não sei quê, ponho tudo no mesmo saco.
Podem ter as unhas igualmente impecáveis se forem fazer uma manicure normal e ainda fica mais barato. E nem parecem a Ana Malhoa. Só vantagens, não?

#326

Autocolantes de vinil nas paredes. Alguns até com essas frases feel good que andam por aí nas redes sociais. Haverá cliché maior?