segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

#372

Estive muito tempo a pensar se fazia um post sobre o Leonardo DiCaprio e os Oscares. Todas as piadas sobre esse assunto já foram feitas. Eu não gosto especialmente dele, preferia que não tivesse ganho para continuar a sofrer. Mas também não é nada que me afecte, não me traz tristeza ou felicidade. Nem sequer vi o filme dele, não sei se merecia ou não (anyway, para mim, não mereceria nunca). Aliás, nem vi nenhum dos filmes vencedores, excepto o Mad Max que ganhou naquelas categorias que ninguém quer saber. Agora vou só ver os vestidos e está feito. Voltem sempre.

4 comentários:

mb disse...

Não percebi bem o mediatismo que teve o DiCaprio não ter ganho nas quatro primeiras nomeações de representação. O Peter O'Toole foi nomeado oito vezes para Best Actor, não ganhou nenhuma, e não me lembro de ver tanto alarido.

Os Óscares são prémios subjectivos; se o júri fosse diferente, seriam outros nomeados e vencedores. Mas em relação às categorias de acting, sou a favor que se faça como no Festival de Berlim deste ano, com Gender Neutral Acting Awards. Um para Best Performace, outro para Supporting e outra para Vocal Acting, esta última para quem faz apenas uso da voz (narradores, filmes de animação, por aí). Acho que é uma questão de coerência, já que todos os outros prémios incluem homens e mulheres. E traria duas vantagens: não haveria problemas com uma eventual exclusão de pessoas que se identificam como não-binárias, e a Meryl Streep não teria mais nenhuma nomeação.

Maat disse...

acho que era por ser o queridinho. e as pessoas queriam que ganhasse. entretanto ganhou e não se fala mais disso. e au até o detesto menos.

por acaso isso dos prémios gender neutral até é uma boa ideia, porque não exclui não-binários, mas depois pode haver a possibilidade de os prémios irem sempre para homens brancos cis e torna-se outro problema :)

mb disse...

Mas detestavas o DiCaprio ou a imagem que passavam dele? Não é bem a mesma coisa.

Se, durante uns tempos, os prémios fossem apenas para o grupo de indivíduos mais ostracizado dos últimos anos (entenda-se os tais caucasianos heterossexuais ateus), seria um pequeno preço a pagar para haver alguma coerência.

Maat disse...

ele, não gostava dele nem dos papéis sempre tão perfeitos que ele fazia. é quase tipo a Cate Blanchett que só faz papéis pensados para óscares e isso mete-me nojo.

o problema é que tudo foi para esse grupo de indívidos tipo sempres, e há-de continuar a ir, por isso um pouco de diversidade não fazia mal.