sexta-feira, 19 de agosto de 2016

#621


Depois de interacções com vários espécimes, cheguei a uma conclusão: as pessoas das obras, serralheiros, carpinteiros, picheleiros, etc., são para o comum mortal o que os homens são para as mulheres.
Vejamos: conhecemos o primeiro serralheiro (vou usar este como exemplo) e achamos que é o nosso amor para a vida. Até ele deixar de atender o telefone, dizer que vai aparecer no nosso encontro para montar a janela e não aparece. Ficamos desiludidos e precisamos de algum tempo para recuperar. Depois encontramos outro. Achamos que agora é que é. Mas não, este afinal prefere o cliente que tem uma obra maior do que a nossa, à semelhança dos homens que preferem a outra tipa, mais gira do que nós. Então aí perdemos a esperança, e achamos que são todos iguais. Eventualmente, e quando menos esperamos, aparece um que faz o que queremos e ao qual nos tornamos fiéis para a vida.
Eu ainda estou na fase de achar que são todos iguais. Estou à espera que o meu serralheiro encantado apareça.