sexta-feira, 28 de abril de 2017

#897


#896

Se vocês tivessem um negócio que dependesse de terem clientes e de os clientes estarem satisfeitos, o que preferiam? A) que um cliente que não estivesse satisfeito reclamasse com o serviço e que tivessem a oportunidade de corrigir o que eventualmente fizeram mal ou explicar porque o fizeram e que o cliente compreendesse e voltasse a usufruir dos vossos serviços ou B) que o cliente não dissesse nada e se fosse embora insatisfeito com o vosso serviço e nunca mais quisesse voltar e inclusivamente desse más referências do vosso negócio às pessoas com quem falasse?
Eu sei que sou uma resmungona e se algo não me agrada lá estou eu para reclamar, quando acho que é isso que deve ser feito, mas se as coisas forem resolvidas da melhor maneira, não guardo rancor. Agora se eu optar pela abordagem passivo-agressiva e ficar calada, aí de certeza que não vou voltar, porque as coisas não vão ficar resolvidas. Eu faço o que gostaria que fizessem comigo, que é, ao reclamar, dar uma oportunidade às pessoas para remediar um erro ou explicarem porque esse erro foi cometido.
Julgo que cheguei a contar um episódio de uma farmácia onde eu ia muito frequentemente e onde se enganaram a encomendar um creme para mim e depois não quiseram ficar com o creme. Eu não discuti, fiquei com o creme, e nunca mais lá fui. Mas nunca mais mesmo, e até tinha o cartão de cliente com dinheiro em saldo. Lembro-me que o cortei à tesourada com uma grande satisfação. Se eu me tivesse dado ao trabalho de reclamar, se calhar tinha-se resolvido tudo e eu ainda ia lá.
E como este, tantos outros episódios já aconteceram comigo, mas de facto os únicos sítios onde deixei de ir porque não gostei como fui atendida e não reclamei foi esta farmácia, um restaurante no Norte Shopping, uma associação de animais à qual eu comprava coisas/enviava donativos e a Bosch Car Service. Nos outros, falo, reclamo, até posso levantar um pouco a voz, mas acabo por voltar.

#895

Um dia destes comprei uma pizza quatro queijos no supermercado. Congelada, de uma dessas marcas de pizzas congeladas, nem sequer era de marca branca. Mas afinal era só pizza dois queijos. Os outros dois queijos anunciados nem vê-los. Eles não deveriam mudar o nome, para não enganarem as pessoas?

quinta-feira, 27 de abril de 2017

#894

Estive a ler os comentários de uma notícia sobre o ataque do cão à criança nos últimos dias e reparo que, independentemente desta situação em particular, ainda há muita gente que odeia cães. Sente-se o ódio nos comentários, e que na maioria dos li nem se referem a este ataque mas a situações normais do dia-a-dia. Não é não ligarem, entendo que haja quem não ligue a animais e respeito isso, mas também não os odeia, simplesmente não tem nenhum sentimento em relação a eles. As pessoas que comentam têm ódio mesmo, por todos os cães e, quiçá, donos de cães.

#893

Ontem, como primeiro dia de trabalho depois de ter estado de férias, decidi que podia comer uma porcariazita ao almoço. Como passei no shop e não havia muito por onde escolher, fui ao McDonalds. O problema de ir ao McDonalds agora é que eu não como carne, e então tive de pedir o McFilet ou lá como se chama a sande de peixe deles. Nunca tinha experimentado antes e acredito que não o voltarei a comer senão por grande necessidade. Não que não seja bom, o filete de peixe até era bom e não parecia contraplacado de peixe, dava para ver assim o peixe a desfazer-se em 'postas'. A questão é que era pequeno, muito pequeno. Mas acreditem, mesmo muito pequeno. O que me valeu foram as batatas, senão teria de pedir pelo menos mais duas sandes iguais. Em tamanho é semelhante àqueles hamburguers de 1,5 euros. Só que o menu sande + batata + bebida + um molho para batatas custaram 5 euros. Um escândalo, portanto. Agora que estão avisados não caiam no mesmo erro que eu.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

#892

O primeiro dia de trabalho depois das férias é sempre estranho. Parece que ainda estou adormecida, dormente. Só tenho uma velocidade, muito devagar, que se aplica para tudo. Não consigo despachar-me rápido em casa, ando a passo de caracol. Depois a conduzir venho sempre atrás daqueles condutores lesma, sem conseguir ultrapassar ninguém e (quase) sem me enervar. Julgo que inconscientemente a minha vontade zero de vir trabalhar impede o meu corpo de andar mais rápido, para adiar ao máximo o regresso. Por isso mesmo também chego sempre atrasada. Mas nem sequer me importo. Depois chego ao escritório e aí é só rezar para que ninguém fale comigo nas primeiras horas. Ajuda fazer cara de aborrecida para desmotivar as pessoas de algum tipo de contacto. E é esperar que o dia passe rápido, com menos chatices e falatórios possíveis, talvez arranjando bons planos para almoço para minorar o sofrimento. Ideal era mesmo arranjarem uma espécie de cubículos para quem voltasse de férias não ser obrigado a conviver com ninguém no primeiro dia. Via só os emails e despachava algum trabalho, mas era assim um dia de transição, para não ser um choque tão grande. Sabem aquelas pessoas que dizem que se fossem ricas continuavam a trabalhar? Eu não sou uma delas. Se eu fosse rica e pudesse, nunca mais trabalhava. Que sonho, não ter mais de acordar cedo e vir para o escritório mal disposta.

quinta-feira, 13 de abril de 2017

#891

Velocidade Furiosa 327 estreia hoje, anuncia o SAPO.

#890

Tenho um novo passatempo/sentido de dever cívico: apitar às pessoas que circulam nas auto-estradas à esquerda. Se não vai ninguém à direita, porquê andar na esquerda? Sítios como VCI ou vias rápidas mais urbanas não vale a pena, ninguém quer saber, mas em auto-estrada as pessoas têm de aprender a andar à direita. Eu vou à direita, ando duas ou três faixas para a esquerda para as ultrapassar e apito-lhes enquanto as passo e faço sinal para irem para a direita. Alguns ficam chateados e dão máximos e resmungam, mas muitos acabam por perceber e encostam à direita. Antes eu do que a polícia, não é? Sempre poupam dinheiro e pontos na carta.

#889

Estou viciada no Lidl. Tenho ido lá mais vezes fazer compras em detrimento do Continente, onde ia antes. A situação cartão Continente chateia-me um bocado, aquilo é um bocado engodo, porque há muitas coisas que têm desconto em cartão mas que noutros supermercados estão ao preço mais baixo já, e não temos de voltar lá para gastar o dinheiro novamente. Por isso ultimamente tenho ido mais ao Pingo Doce e Lidl, que não têm isso dos cartões de cliente. Ora o 'problema' do Lidl é que tem sempre muitas coisas, coisas sem ser comida ou detergentes. Tem aquelas promoções todas onde eu me perco. Tem roupa de desporto gira, tem utilidades para a casa, tem pequenos electrodomésticos, tem roupa barata, tem tudo! Tenho de me conter muito para não comprar aquelas pechinchas todas. Tenho ido lá várias vezes por semana, e a lojas diferentes, para apanhar alguns restos de promoções mais antigas que algumas lojas menos concorridas têm, mas isto tem de acabar. E agora, vários anos depois, percebo o encanto do Lidl!

quarta-feira, 12 de abril de 2017

#888

Reparo que agora que estão a chegar as férias e que as pessoas já têm férias marcadas, dá-se muitos palpites sobre a vida dos outros. Alguém marca férias num destino mais caro ou vai duas semanas de férias e já é rico. As pessoas gostam muito de dar palpites sobre a vida dos outros, sem saber de nada. Já vi várias vezes isto acontecer, já vi queixas sobre isto acontecer, e já aconteceu comigo também. Já me chateei com uma amiga porque ela pelos vistos achava-se no direito de julgar o dinheiro que eu tenho ou não tenho pelas férias que faço ou não faço.
A grande questão aqui é: quem comenta, na maioria dos casos, não sabe nada da vida das pessoas sobre quem fala. Nem tem que saber, nem tem que comentar. As pessoas podem ser ricas até. E depois? Ou até podem passar grandes privações para irem uma semana de férias. E depois? Isso é lá com elas. Cada um sabe do dinheiro que tem e que pode ou não pode gastar. Que mania das pessoas de fazerem julgamentos e mandarem bitaites sobre assuntos que não lhes dizem respeito.

#887

Para verem como este blog é um blog actual e fala dos assuntos tendência hoje vou-me debruçar sobre um dos assuntos mais fortes dos últimos tempos: ananás na pizza. Este blog é contra a utilização de ananás ou outras frutas na pizza. Mais, a mentora deste blog é também contra a utilização de carne na pizza, apesar de o blog não ser. A mentora deste blog só come pizza com cogumelos, azeitonas, queijo e rúcula.

terça-feira, 11 de abril de 2017

#886

Li noutro dia num blog a expressão 'a minha ilimitada capacidade de desprezo'. E revi-me.

#885

Para ir do meu local de trabalho até minha casa, o caminho mais perto é pela VCI. No entanto, se estiver trânsito, demoro menos se for pela auto-estrada. Então a regra é se sair à hora certa, como é hora de ponta, vou sempre pela auto-estrada. Se sair meia hora mais tarde ou mais, vou pela VCI porque já não há trânsito. Ora o que tem acontecido é que sempre que saio mais tarde e vou pela VCI há um acidente que cria trânsito anormal e demoro na mesma imenso tempo a chegar. Se calhar devia alertar os serviços de apoio sempre que saio mais tarde e vou pela VCI, porque já se sabe que vai haver um acidente entre carros no sentido em que eu circulo. Assim já estão preparados para intervir e resolver a situação rapidamente.

segunda-feira, 10 de abril de 2017

#884

Ao contrário da maioria dos adultos e da totalidade das crianças, eu não gosto de andar descalça. O chão é sujo, afinal anda lá calçado normalmente, e em minha casa como tenho animais tenho quase sempre pêlos chão, a única altura em que não há são aqueles 5 minutos a seguir a aspirar. O chão é frio, e mesmo no Verão quando está muito quente acho desagradável. Ando sempre calçada. Às vezes abro uma excepção e posso andar só de meias, por exemplo quando vou à casa de banho a meio da noite, para não estar a calçar os chinelos, mas mesmo isso incomoda-me. Tenho de usar calçado mesmo. Descalça é que não. Uuuggghh.

quinta-feira, 6 de abril de 2017

#882

Carnide. “Contra a política de imposição” moradores arrancam parquímetros e devolvem-nos à Câmara


Isto é exactamente o tipo de protesto que eu apoio. Não estragaram os parquímetros, só os arrancaram e vão devolver. É verdade que se calhar não adianta nada, daqui a uns dias estão de novo no mesmo sítio. Mas até podem não estar. E mesmo que estejam, atrasa, chateia, causa tanstorno. E assim a classe política e outros decisores percebem que a população também tem uma palavra a dizer nas suas decisões, ainda que não mande nada. É isso que nos falta em Portugal, sermos mais activos, fazermos mais protestos que valham a pena.

#881

Às vezes ouço expressões como 'trânsito Via Norte no sentido norte-sul'. E penso, como é que eu vou saber que sentido é esse? Não é mais fácil dizer Maia-Porto ou Porto-Maia? Como é que as pessoas sabem onde é o norte e o sul? Em exemplos tipo A1, Lisboa-Porto, é mais fácil, mas mesmo assim que mania é essa de usar os pontos cardeais? Não podem dizer logo o nome das cidades e evitam que as pessoas tenham de pensar mais?

quarta-feira, 5 de abril de 2017

#880

Há um fenómeno engraçado que acontece no meu carro. Sempre que tenho o limpa pára-brisas no modo automático, mesmo que nem sequer esteja a chover lá fora, quando entro na garagem ele liga-se e limpa o pára-brisas umas 2 ou 3 vezes. Não sei o que é que a garagem tem que o faz achar que está a chover lá dentro, mas isto acontece sempre. Magia!

#879

Às vezes reparo que as pessoas usam construções com preposições erradas. Uma muito comum é 'parecido a'. Como em 'és muito parecido ao teu irmão'. Mas está errado, parecido é usado com a preposição 'com'. O correcto seria 'és muito parecido com o teu irmão'. A minha teoria para este erro é que as pessoas fazem a construção por analogia com 'igual a' e aplicam a mesma regra.
Há uns dias ouvi uma nova, e na televisão! Ouvi alguém dizer que as pessoas têm 'receio à mudança'. A construção certa deveria ser 'receio da mudança', temos receio de coisas.
Acho engraçado ir registando estas coisas.

terça-feira, 4 de abril de 2017

#878

Acho que às vezes subvalorizo óculos limpos. Eu não uso óculos para ver ('óculos para ver', eu sei, mas é a forma fácil de os distinguir dos de sol) normalmente, uso só em situações excepcionais (dores de cabeça, cansaço, etc.) e nesse caso limpo-os sempre antes de os colocar. Mas ando muitas vezes de óculos de sol. E com estes normalmente não me preocupo tanto em limpá-los. Deve ser porque as lentes são mais escuras e disfarçam melhor a sujidade. Só que quando me lembro disso e os limpo... ui, é uma diferença enorme. Consigo ver tudo bem, focado, sem esforço. Devia lembrar-me de limpá-los mais vezes, mas já sei que agora só daqui a mais umas semanas, porque as lentes vão disfarçar a sujidade de novo.

#877

Este fim de semana ouvi uma senhora dizer uma coisa muito engraçada: 'respiro muito'.
Segundo esta lógica, as pessoas dividir-se-iam em pessoas que respiram muito, as piores porque devem gastar imenso oxigénio, e as que respiram pouco, que têm mais respeito pelo ar dos outros. Eu claramente seria das que respiram pouco, até porque tenho asma e não consigo absorver tanto ar como o que necessito.

segunda-feira, 3 de abril de 2017

#876

Vou começar a semana com uma exposição algo raivosa, facciosa e provavelmente injusta acerca de pneus e pneus suplentes, motivada por um furo que tive no fim de semana, o que me dá assim direito a poder insultar quem quiser.
Primeiro quero revoltar-me contra os fabricantes de carros que agora inventaram esta moda de os carros não trazerem pneu suplente. Isso não devia ser proibido por lei? Antes, há muito tempo, vinha um pneu normal. Depois começaram a usar aquele pneu meio manhoso, muito fininho, com o qual só se podia andar até 80 km/h. Agora metem pra lá uma lata de espuma e está feito. Quem quiser um pneu inteiro tem de pagar mais, é um extra. Isto é só um esquema para ganharem mais dinheiro com os clientes a pagarem mais por pneus que deviam vir logo no carro de origem. Para além disso, aquela espuma é inútil, como toda a gente sabe, caso seja um rasgão maior, ou caso o pneu rebente, por exemplo. Ter aquela espuma ou ter nada é igual, ficamos sempre apeados no meio da rua. Há uns anos, quando íamos para um evento da empresa no carro (da empresa) de um colega, rebentou-nos um pneu e ficamos na beira da estrada imenso tempo até chegar o reboque. Depois tivemos de ficar à espera que trocassem o pneu na oficina e só depois pudemos continuar viagem. Escusado será dizer que quando chegamos já o evento ia quase a meio. E o carro era um Audi A4. Será que na Audi não têm orçamento para meter lá um pneu, ainda que seja daqueles pequenos? Pffff.
Segundo quero revoltar-me contra as oficinas de pneus ou contra a lei (não sei se está na lei ou não, para ser sincera) ou contra a regra estabelecida de que quando trocamos um pneu temos de trocar os dois. Mas porquê? Se eu furar um pneu e o outro pneu estiver quase bom, tenho de o trocar porquê? Quem inventou isso? Por acaso o meu pneu que não estava furado, não estava novo, mas ainda era capaz de me durar mais um ano, ou por aí. E só porque furei um, tive de adiantar já o dinheiro e trocar um pneu que ainda não estava em final de vida. Existe alguma lei que multa os condutores de carros que têm pneus diferentes? Ou isso é só uma história inventada pelas oficinas para fazerem negócio a dobrar? É que pneus não são propriamente baratos, não custam 20 ou 30 euros. E se trocar um já não é barato, esta invenção de ter de trocar os dois faz um simples furo tornar-se numa despesa que nos dá cabo do orçamento mensal. E já agora, o que é que as oficinas fazem aos pneus bons que trocam? Destroem? Dão para caridade? Ficam com eles para venderem?
Raios para todos estes esqeuemas que existem para extorquirem dinheiro aos clientes!